Na obra, quais as vantagens da proteção passiva contra incêndio?

Na obra, quais as vantagens da proteção passiva contra incêndio?

Em 2019, o Brasil teve o maior número de incêndios desde 2010, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Com o aumento de ocorrências, cresce também a procura por soluções. Hoje, vamos falar da importância da proteção passiva contra incêndio.

O conceito compreende todos os materiais, técnicas e sistemas construtivos desenhados para prevenir o início de um incêndio, impedir ou retardar a sua propagação e facilitar a sua extinção, oferecendo tempo para que vidas sejam salvas.

De acordo com a NBR 14.432, esse é um “conjunto de medidas incorporado ao sistema construtivo do edifício, sendo funcional durante o uso da edificação e que reage passivamente ao desenvolvimento do incêndio, não estabelecendo condições propícias ao seu crescimento e propagação, garantindo a resistência ao fogo, facilitando a fuga dos usuários, a aproximação e o ingresso no edifício para o desenvolvimento das ações de combate” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001a, p.3).

Em resumo, enquanto a proteção ativa é o conjunto de medidas cuja função é a detecção e extinção do incêndio em sua fase inicial, a proteção passiva atua na prevenção do incêndio e sua propagação, limitando as suas consequências através de espaços compartimentados a partir dos seus sistemas.

Vale ressaltar que tais conceitos não são excludentes. Pelo contrário, eles se complementam, e o projeto adequado considera a adoção de ambos.

Engenheiros e arquitetos projetistas devem atentar-se à elas, já que são de uso obrigatório de acordo com as normas vigentes no Brasil. Além disso, os riscos de um incêndio devem ser analisados também pela responsabilidade envolvendo eventuais perdas humanas, patrimoniais, instalações e bens.

Dentre as condicionantes de um projeto, no que se refere à segurança contra incêndios, deve-se buscar além dos sistemas de extração e eliminação de fumaça e gases resultantes da combustão, a contenção da origem do incêndio, setorizando espaços arquitetônicos, a fim de garantir a integridade do edifício.

Conheça três diferentes soluções para proteção passiva, que têm objetivos e resultados distintos. Confira abaixo:

Soluções Construtivas de proteção passiva contra incêndio Firestopping São produtos capazes de compor soluções de resistência ao fogo específicas para a vedação de aberturas nas passagens de instalações do edifício, como elétrica e hidráulica. Assim, a estanqueidade do fogo e da fumaça é garantida, de forma a assegurar o bom desempenho da compartimentação, cujo papel principal é restringir a propagação lateral e vertical do fogo.

As soluções fornecem alta proteção contra a propagação das chamas e da fumaça em cabos, bandejas de cabos, tubos, dutos, frestas e juntas de dilatação.

Dentro da categoria, existem diversas soluções capazes de entregar diferentes desempenhos para a edificação, sendo algumas delas: revestimento para selagem de shafts e proteção de cabos, colares e fitas intumescentes para selagem de tubos em PVC, PE e PP, selantes acrílicos, de silicone ou intumescente para selagem de paredes, forros e lajes, tanto em alvenaria quanto em drywall.

Compartimentação A compartimentação, que pode ser vertical e/ou horizontal, confina o incêndio por um determinado período, evitando que ele se espalhe, atingindo outros ambientes ou mesmo danificando a estrutura, com o objetivo de que o entorno possa ser evacuado e protegido.

Além disso, a compartimentação tem a finalidade de possibilitar a mobilização das equipes do Corpo de Bombeiros para iniciarem a extinção do incêndio. Dessa forma, três exigências são fundamentais para que a compartimentação exerça, com êxito, a sua função na proteção passiva contra incêndio:

Estanqueidade – certificar que o fogo e a fumaça não ultrapassem de um ambiente para o outro; Isolamento térmico – garantir que o calor não seja transmitido, superficialmente, para a outra face da parede; Estabilidade – assegurar que a parede não entrará em colapso durante o incêndio, mesmo que submetida a impactos. A compartimentação pode ser feita em alvenaria e sistemas construtivos a seco, na horizontal e vertical, em paredes, forros e lajes corta-fogo, além do enclausuramento de elevadores.

A gerente técnica de especificação da Etex, Francieli Lucchette, explica o funcionamento dessa etapa:

“Imagine que eu tenha vários ambientes, como compartimentos de um navio. Eu fecho aquela célula para que o fogo se contenha e não se alastre para outros ambientes. Assim, vou impedir que o incêndio cause mais prejuízos, além de evitar um colapso estrutural”, afirma a profissional.

Proteção estrutural Com o objetivo de preservar a integridade das estruturas metálicas e de concreto durante um incêndio, foram desenvolvidas algumas soluções resistentes a elevadas temperaturas que garantem a proteção estrutural, impedindo o colapso do edifício. Dentre as soluções, as três principais são os revestimentos com pinturas intumescentes, aplicação de argamassas projetadas ou com o uso de chapas de silicato de cálcio.

Todas as soluções são altamente recomendadas e garantem alto desempenho, entretanto, o mais importante é que a especificação se atente às necessidades específicas de TRRF (Tempo Requerido de Resistência ao Fogo) do projeto, para que determine a solução que melhor se adeque.

Vantagens da proteção passiva contra incêndio Quando optam pela proteção passiva, os engenheiros e arquitetos especificadores possuem a segurança de que seu projeto está dentro das obrigações legais, alcançando os índices exigidos.

Assim, ele não só oferece a proteção ativa, mas a complementa com uma solução que irá resguardar o patrimônio, salvar vidas e preservar sua responsabilidade como profissional.

Em outras palavras, caso aconteça um incêndio, a proteção passiva contra incêndio vai garantir que as pessoas saiam de sua construção, e que saiam com vida, que é a maior preocupação de todos os profissionais.

Em casos de compartimentação, como o fogo não irá passar de um ambiente a outro, também é possível ganhar tempo para preservar bens e até mesmo partes estruturais.

Em futuros reparos, um profissional poderá avaliar que trechos da estrutura não foram afetados, o que também significa economia para a construtora.

Pense no exemplo de uma fábrica de tintas. Se o estoque está acomodado em um ambiente compartimentado e, eventualmente, um incêndio começa neste espaço, o fogo, o calor e a fumaça não vão atingir as outras áreas da edificação com tanta facilidade, o que irá garantir que as pessoas sejam evacuadas e o incêndio venha a ser controlado e combatido pelo corpo de bombeiros. Além disso, aparelhos e máquinas da linha de produção não serão atingidos, assim como a área administrativa, e o prejuízo será consideravelmente reduzido.

Desempenho da proteção passiva contra incêndio Concluindo, os critérios de resistência ao fogo verificados pelas instruções do Corpo de Bombeiros são três: estabilidade, estanqueidade e isolamento térmico.

Quanto à estabilidade, sua estrutura deve manter-se íntegra durante todo o período do TRRF, assegurando a capacidade do suporte de carga.

Em relação à estanqueidade, o sistema não pode permitir a propagação de fogo ou de gases quentes durante o TRRF

E, por último, a temperatura na face do elemento construtivo não exposta ao fogo não deve exceder o valor mínimo exigido, mantendo-se dentro dos limites durante o TRRF.

As instruções indicam o tempo mínimo de resistência para cada tipo de parede, forro ou outra compartimentação, conforme o uso da edificação (seja hospitalar, educacional, residencial, comercial, entre outros).

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